segunda-feira, 11 de maio de 2009

Do porque de Emma e Julien

Il était une fois...
uma mulher perdida em seus devaneios. Passava os dias a ler histórias de amor, críticas literárias e textos de base histórica um tanto realistas. Noutros momentos, divertia-se com quadrinhos do Angeli ou com excitantes de Mautner. Um dia, vislumbrou-se bipartida... Ora suspirava com a voz de Elizeth ora sentia os olhos cintilarem por War Pigs.
Quoi faire, ma chère?
Caminhando entre as árvores de Mãe Menininha, entrou no universo dos pequenos genes. Estavam há muito por ali, entre seus Aa, cujas variações estavam cerceadas pela folha em branco de suas cadeias.
Depois de algum tempo, passou a dividir sua pequena sala de estudos com Julien. Versado em letras gregas, indianismos e algumas muitas poesias, o rapaz imergia na memória de Marcel.
Emma, desconsolada com o imenso trabalho para descobrir as genealogias das filosofia e explanações eróticas sadianas, encontrou em Julien um refúgio literário e - para saciar-lhe a sede cotidiana- muito Top Top.
Aos poucos, os genes se perderam nas próprias cadeias, misturadas e translúcidas; afastando de Mãe Menininha, as duas pessoas literárias. Longe de Rodolphe et Mme de Renal, Emma e Julien dividem seus dias entre loucuras napolêonicas, infusões de jurubeba, luzes indianas e cantos inefáveis de Gal e Caetano.

Cores

Neste leve escurinho do quarto, as cores se alteram... Verde, rosa, lilás. Um pouco de lait concentré, la cigarrete, l´ordi. Já chega de ouvir Caetano, está na hora do Barracão. Eis que o reflexo do zinco faz : agora o verde se fora. O azul toma conta de nós. Óculos? Que nada... Um caleidoscópio de sensações.. Deve ser o Jacó... Seu bandolim soa levemente... Cortando o vento da tarde